Quem é Carl Menger?


    
Carl Menger, considerado o pai da Escola Austríaca de Economia teve um papel fundamental no lecionamento de muitos economistas que já existiram, como Ludwig Von Mises. Teve o seu pensamento econômico expresso e divulgado através de uma de suas principais obras “Princípios da Economia Política”. Além disso teve um importante papel no desenvolvimento da sociologia, com sua obra publicada em 1983, “Pesquisas sobre o método das ciências sociais: em particular da economia política”.
     Menger surge contrariando pensamentos e ideias marcantes de sua época, gerando forte repercussão pelos ideais distintos, onde Max Weber, assim como Carl Marx tinham estudos baseados na sociologia e na história, na ideia de que os estudos são baseados em campos “factuais”. Em contraponto, Menger acreditava que o pensamento econômico não poderia se distanciar da teoria, pois os fenômenos econômicos se tornariam inexplicáveis sem a sua presença.
 
     Carl Menger também possui um papel importante na sociologia pela sua contribuição no estudo das consequências não intencionais das ações humanas (praxeologia) intencionais. Ou seja, todo ser humano produz determinada ação, a fim de um determinado resultado de seu interesse. As ações humanas possuem intenções, que por sua vez apresentam consequências, como o exemplo de um jornalista, que tem esse objetivo de comunicar uma notícia ao ouvinte, ao telespectador de forma inteligível, está ação intencional de comunicar gera ação não intencional da instituição social que se chama “linguagem”, ou seja, a intenção era comunicar, não criar uma linguagem. Quando os seres humanos começaram a se reunir e viver em grupos, comercializarem entre si, eles criaram essa instituição social que é o “Estado”, onde de maneira intencional possuíram esse objetivo de comercializar, viver e se alimentar em paz os levaram a consequência da criação de um Estado.
     Como as instituições sociais são criados de maneira não intencional segundo Carl Menger, elas não são facilmente mudadas pelo indivíduo, quando eles pensam que possuem essa capacidade, estão enganados.
     A contribuição que trouxe destaque ao seu nome foi a “Lei Da Utilidade Marginal Decrescente”, que refuta e contraria a “Teoria do Valor Trabalho”, onde Menger tem a ideia de não definirmos o valor de determinada mercadoria, produto ou serviço, com base na quantidade de trabalho empregado, mas no consumo destinado a aquilo desejado, uma maior demanda gera o aumento de seu valor, uma menor gera na queda do mesmo, levando em conta a satisfação das necessidades individuais ao consumir determinado bem ou serviço e manter em vista entregar esse desejo por satisfação. Se entendermos esses princípios das necessidades individuais que levam ao consumo, compreendendo o ciclo econômico, entenderemos as leis e poderemos teorizar sobre a ciência econômica.
    Para compreendermos melhor essa “lei” citada anteriormente, devemos entender que se o indivíduo possui essa necessidade por consumir um determinado bem ou serviço, ele deve ser produzido de uma determinada forma para vir a ser útil, pois é irracional agregar trabalho a fim de um resultado, sem consumidores, sem indivíduos que desejam adquirir este produto ou serviço. Ou seja, se eu necessito esse objeto, esse objeto se torna importante, de certa forma valorizando-se, quanto preciso é outro ponto que agregará valor ou não ao produto, se tratando de um valor marginal pela inconsciência de seu valor total e decrescente pois a cada produto consumido, a utilidade deste decai, assim como uma garrafa de água, em que o indivíduo deseja matar sua sede agregando determinado valor a ela, a partir da segunda, gerará mal estar, ocasionando no decaimento do preço devido à falta de consumo.